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Suplementação e performance. Considerações entre o uso racional e a prática

O uso de suplementos pelo público em geral não é bem quantificado e seu aparecimento no mercado tem sido mais rápido que a elaboração de regulamentações, além da falta de pesquisas científicas que comprovem os efeitos na saúde dos consumidores e determinem a segurança do uso prolongado (7).

A eficiência é uma das questões mais relevantes em relação à utilização de suplementos nutricionais e alguns fatores como grande variedade de produtos e falta de controle sobre os fabricantes são responsáveis pela dificuldade de responder esta questão (8).

REVISÃO DE LITERATURA

Estudos sugerem que grande parte dos indivíduos que fazem exercícios tende a cuidar mais da alimentação e a comer menos carnes, menos gordura, mais vegetais e outras fontes de carboidrato complexo (9; 10). Entretanto a qualidade da alimentação na maioria dos grupos fisicamente ativos, não parece ser muito diferente dos indivíduos sedentários, apesar da maior ingestão calórica (10; 11; 12).

Observa-se em indivíduos de diferentes idades, uma gama de conceitos errôneos em nutrição e fortes tabus alimentares. A quantidade e velocidade na disseminação de informações falsas e errôneas sobre a alimentação, nutrição, dieta, controle de peso, exercício é impressionante (13; 14).

A alimentação exagerada, o estilo de vida sedentário, o excesso de informação a ser assimilada e o estresse tornaram-se constituintes do meio ambiente do ser moderno. A modernização industrial e tecnológica, automóvel, televisão, computador e equipamentos que facilitam o trabalho, provocaram nos últimos tempos a mudança nos hábitos alimentares e de vida da maioria dos países do mundo (15).

É necessário neutralizar os fatores negativos do meio ambiente para inverter este processo; isso pode ser feito através de hábitos alimentares saudáveis, além da organização e realização das atividades físicas adequadas ao nível de saúde de cada pessoa da população (16; 17; 18; 19; 20; 21). Diante disso, a família é considerada uma instituição ímpar sobre os hábitos alimentares dos indivíduos (22; 23).

Desde a Grécia antiga, a adoção de dietas especiais faz parte do ritual de preparação para as competições. A humanidade sempre lançou mão da manipulação dietética e do uso de alimentos específicos para atingir objetivos específicos (24).

Há algum tempo preconizava-se a dietoterapia para o tratamento e prevenção de doenças (25) e, reconheceu-se a importância da nutrição para a melhoria do desempenho no esporte (26).

Um dos questionamentos mais relevantes em relação à utilização de suplementos nutricionais é sobre sua eficiência. Sendo levado em consideração três fatores: grande variedade de produtos; falta de interesse e omissão dos pesquisadores e falta de controle sobre os fabricantes (27).

Outro fator que compromete a credibilidade dos estudos relacionados à suplementação nutricional é que muitas vezes os mesmos são conduzidos e patrocinados pelos fabricantes, sendo posteriormente publicados nos seus jornais (28).

Com relação à qualidade, estudos realizados em produtos comercializados, contendo as mais diversas substâncias, demonstram que mais da metade dos produtos analisados diferiam em média 20% em relação à composição descrita nos rótulos e é importante ressaltar que a maioria das pesquisas científicas disponíveis que tenta esclarecer a questão dos suplementos alimentares é realizada em atletas, o que dificulta extrapolar estes resultados para população em geral. Isto se deve ao fato de que indivíduos engajados em programas de atividades físicas regular têm necessidades e demandas diferentes de atletas (29).

Exercícios físicos, principalmente os resistidos com pesos, são de extrema importância para impedir a atrofia e favorecer o processo de hipertrofia muscular, melhorando a qualidade de vida dos indivíduos. Além disso, a nutrição exerce papel fundamental nesse processo (30).

A adoção de um estilo de vida ativo, baseado na prática regular de atividade física reduz diretamente o risco de desenvolvimento da maior parte das doenças crônico-degenerativas, além de servir para diminuição do risco de inúmeras outras doenças (31).

Assim, tem sido sugerido que o sedentarismo está associado às doenças cardiovasculares, diabetes, osteoporose, obesidade, entre outros agravos e comorbidades (32). Porém, o estímulo à prática de atividade física na idade escolar pode ser uma intervenção importante contra a epidemia de inatividade física na idade adulta (33).

A nutrição é importante para a saúde geral do atleta e não deve ser só lembrada quando se busca alto rendimento, sendo um recurso disponível para melhorar a saúde geral do indivíduo (34).

A boa nutrição é um fator evidente para o desempenho do atleta (35). Esta deve suprir a demanda energética assim como garantir a adequada ingestão hídrica e o balanço de nutrientes vitamínicos e minerais (36). Em atletas a alimentação é ainda mais importante, pois a nutrição inadequada às necessidades específicas de cada sujeito, pode prejudicar a saúde e o desempenho durante o processo de treinamento físico.

A maioria dos técnicos e atletas obtém seu conhecimento a partir de anúncios, colegas de profissão, ou parentes e grande parte dessas fontes não possui informações suficientes em nutrição, ocorrendo um grande número de conceitos equivocados, além de informações errôneas (37).

Corroborando com esta afirmação, estudos realizados em academias de Campinas mostraram que a maioria dos consumidores de suplementos alimentares das academias de ginástica da cidade, obtém informações sobre