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Aspectos metabólicos e a influência da atividade física na gênese da obesidade

associação com doenças cardiovasculares, às medidas de circunferências de cintura e abdômen apresentam importante analogia com o índice de massa corporal. Para homens pode ocorrer risco aumentado quando a circunferência abdominal estiver acima de 94 centímetros (cm), no caso de mulheres acima de 80 sendo muito aumentado para mulheres com circunferência acima de 88 cm (CHIARA et al, 2009) (6).

OBESIDADE E ATIVIDADE FÍSICA

O estilo de vida passou a ser considerado fundamental na promoção da saúde e redução da mortalidade por todas as causas. Para grande maioria da população, os maiores riscos para a saúde e bem estar, tem origem no comportamento individual, resultante do nível de informação, da vontade de cada um, como também das oportunidades e barreiras presentes na realidade social (MANTOVANI; FORTI, 2007) (20).

 O tratamento da obesidade evoluiu com o passar dos anos. Antes uma dieta com restrição de energia representava o único tratamento, hoje a atividade física é reconhecida não apenas para a perda de peso corporal, mas essencial na sua manutenção. A modificação do estilo de vida é baseada na análise do comportamento do individuo para identificar possíveis eventos associados com a inadequação dos hábitos alimentares, da atividade física, dos fatores psicológicos e traçar um plano de ação específico, para promover a mudança (LAQUATRA, 2005) (16).

Astrand e Oliveira (2006) (1) consideram que os seres humanos foram desenvolvidos para uma atividade física constante. Definem que atividade física é todo o movimento corporal que aumenta significativamente, o dispêndio energético em relação ao repouso corporal.

O exercício físico, entretanto é definido como subcategoria de atividade física, constitui um conjunto de atributos ligados a saúde ou a habilidade ou capacidade de desempenho físico. Um bom desempenho físico muitas vezes traduz em bom estado de saúde (PORTO; JUNQUEIRA JUNIOR, 2008) (29).

Um programa de exercícios físicos para uma redução ponderal do peso corporal de um indivíduo obeso e previamente sedentário deve ser progressivo. Sendo necessário estabelecer metas e objetivos em longo prazo, com disciplina pessoal suficiente para promover uma reestruturação comportamental nos hábitos de vida e também alimentar (McADLE; KATCH; KATCH, 1998) (23).

A principal recomendação para obesos, hipertensos ou cardiopatas é de que a atividade física contínua deve atingir uma adaptação fisiológica necessária para aumentar a capacidade cardíaca e funcional do individuo. É fundamental considerar no momento da prescrição uma intensidade baixa ou moderada em que o praticante realize uma atividade em quantidade suficiente para atingir o gasto calórico que se deseja (DANTAS; CARVALHO; PINHEIRO, 2007) (8).

Para Mcardle, Katch e Katch (1998) (23), o treinamento aeróbico estimula o metabolismo lipídico, e resposta favorável da pressão arterial. Deve ter uma sobrecarga suficiente para estimular um aumento do débito cardíaco. Quando realizado com grupos musculares específicos, a sobrecarga do treinamento aeróbico aumenta a circulação dos músculos. Afirmam ainda que séries curtas de exercícios repetidos (intercalado) assim como, um trabalho (contínuo) podem aumentar a capacidade aeróbica, desde que intensos o suficiente para sobrecarregá-lo.

Montenegro Neto et al (2008) (24), considera que qualquer tipo de atividade física pode combater a obesidade devido ao aumento da massa muscular, sendo que nesse sentido o exercício resistido é superior aos outros tipos de exercício, pois estimula a hipertrofia muscular, e conseqüentemente um aumento do metabolismo basal.

O sedentarismo é atualmente considerado como fator determinante de agravos a saúde, enquanto que a atividade física é considerada fator protetor que pode modificar o risco dos indivíduos para adoecerem (MANTOVANI; FORTI, 2007) (20).

Para Mahas (2001) apud Maciel (2007) (19), um individuo pode ser considerado sedentário quando adota um mínimo de atividade física que equivale a um gasto energético inferior a 500 Kcal por semana.

Porto e Junqueira Júnior (2008) (29) citam que a Organização Mundial de Saúde em 2002 estimou um total de 11% a 24% de pessoas inativas no mundo. O total de pessoas que praticaram alguma atividade física, porém em quantidade e intensidade insuficiente, foi de 31 a 51%. Numa somatória de 42 a 75% da população mundial não acumularam o mínimo de atividade física recomendada para uma vida saudável. Afirmam ainda que não existem indicativos científicos de que a situação tenha se modificado positivamente desde então.

O impacto negativo da inatividade física e suas conseqüências na população precisa ser tratado como problema de saúde publica. Por esse motivo existe uma necessidade urgente na aplicação de programas que tenham o objetivo de estimular o aumento da atividade física como meio profilático e de tratamento das doenças crônicas já instaladas (SOUZA JÚNIOR; BIER, 2008) (33).

Uma possível solução para a obesidade é o aumento dos músculos treinados, para melhorar o metabolismo exercitando-se através de exercícios aeróbicos associados a exercícios resistidos. Os exercícios aeróbicos proporcionam a queima da gordura livre através do uso da musculatura e dos exercícios resistidos aumentam a musculatura para esta queimar mais gordura livre (LEITE; NUNES, 2002) (17)

A massa magra é metabolicamente mais ativa do que a massa de gordura, favorecendo a oxidação lipídica e a manutenção de um alto nível de gasto energético durante o repouso (McARDLE; KATCH; KATCH, 1998) (23).

Estudos recentes afirmam que a forma mais eficaz para o tratamento e prevenção da obesidade é a inclusão de um programa de atividade física diário, para aumentar o gasto energético e a adição de um plano alimentar balanceado para diminuir o consumo energético, causando assim um balanço energético negativo. A perda de peso corporal obtida somente com a dieta é resultado de perda significativa de água, massa magra proteínas. Devido a isso a perda de peso quando acompanhada de um nível de atividade física, otimiza a perda de gordura, preserva a massa magra e favorece o gasto energético (DANTAS; CARVALHO; PINHEIRO, 2007) (8).

Souza Júnior e Bier (2008) (33) consideram que a criança que é fisicamente ativa tem mais chance de se tornar um adulto ativo, sob o ponto de vista de saúde pública e medicina preventiva, a promoção da atividade física na infância e na adolescência significa estabelecer uma base sólida para a redução do sedentarismo na idade adulta.

Para Carvalho et al (2001) (5), para a prevenção da obesidade é necessário uma ação conjunta dos profissionais de saúde em incluir em suas anamneses questionamentos referentes à atividade física regular, auxiliando na conscientização, estimulado assim atividades formais e informais. Do governo em considerar a atividade física como questão de