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Caracterização Clínica dos pacientes pediátricos com Malária atendidos no Hospital Municipal da Caála de Janeiro á Julho do 2021

Caracterização Clínica dos pacientes pediátricos com Malária atendidos no Hospital Municipal da Caála de Janeiro á Julho do 2021

Autora principal: Dra. Aimara Larduet Torres

Vol. XVII; nº 19; 792

Caracterización clínica de pacientes pediátricos con Malaria atendidos en el Hospital Municipal da Caála de enero a julio de 2021

Fecha de recepción: 17/05/2022

Fecha de aceptación: 04/10/2022

Incluido en Revista Electrónica de PortalesMedicos.com Volumen XVII. Número 19 Primera quincena de Octubre de 2022 – Página inicial: Vol. XVII; nº 19; 792

Autores: Dra. Aimara Larduet Torres*. Dra Maribel Riveri Larduet.  Dr.Temístocles Alfredo Esteves.Dra Esmeraldina Nakafuti Sakongo. Dr Mamady Bakary Kaba. Dr Orlando Justo Chipindo. Dr Fernando Somongula.

Dra.Aimara Larduet Torres.Especialista de 1ro ye 2do grau en Medicina Geral e Familiar.MsC Atençao Integral a Cirança. Profesora Auxiliar da Facultade 2 de Ciencias Medicas de Santiago de Cuba-Cuba.Investigadora Agregada.

RESUMO

A malária constitui uma doença parasitária com grande morbilidade e mortalidade, actualmente continua a ser um dos principais problemas de saúde pública em Angola. Com isto no presente trabalho procurou-se Identificar o comportamento clínico epidemiológico dos Pacientes pediátricos com malária no hospital municipal da Caála, província do Huambo em Angola de Janeiro á Julho de 2021. Para o alcance do objectivo realizou-se um estudo observacional descritivo de coorte transversal, a amostra foi constituída por 1068 doentes com idade inferior a 15 anos, atendidos no serviço de pediatria do Hospital Municipal da Caala, foi realizada uma análise descritiva, levando em consideração a natureza das variáveis, sendo que as variáveis ​​qualitativas foram analisadas a partir de frequências absolutas e relativas, assim predomina-se a faixa etária de 1 a 3 anos, com sinais e sintomas mais frequente como a febre, calafrio e astenia. Por outro lado a alteração laboratorial mais frequentes foram Hiperparasitêmia e anemia grave, acompanhada da complicação de disfunção hematológica, resultando na fraca produção de Sangue. Assim conclui-se de que o conhecimento de aspectos epidemiológicos e das manifestações clínicas da malária se constitui numa estratégia para diagnóstico precoce e tratamento imediato da doença, contribuindo para diminuição de sua morbidade, outrossim, é da maior importância a correta implementação e execução de programas promocionais e preventivos voltados ao combate da Malária, acreditamos que estudos desta linhagem poderiam ajudar a redefinir politicas de Combate a Malária, desde a Prevenção, Diagnóstico e Tratamento.

Palavras-chave: malária; epidemiologia; pediatria

1 Introdução

Conhecida desde a pré-história, originária provavelmente no Continente Africano, que é entendido como o «Berço da Humanidade», acompanhou a saga migratória do ser humano pelas regiões do Mediterrâneo, Mesopotâmia, Índia, e Sudeste Asiático. (1)

A malária é uma doença infecciosa, causada por protozoários pertencentes à classe Sporozoa,família Plasmodiidae, gênero Plasmodium. Acomete crianças e adultos, sendo uma infecção debilitante, por vezes fatal e amplamente distribuída entre as regiões tropicais e subtropicais do globo. Quatro espécies infectam e produzem doença nos seres humanos: Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae, Plasmodium ovale e Plasmodium vivax.(2,3,4)

A malária é uma das doenças transmitidas por vetores mais importantes na saúde pública mundial devido ao seu impacto na morbilidade e mortalidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde para o ano de 2016 foram registrados aproximadamente 300 milhões de novos casos e 500.000 óbitos em 91 países onde esta doença mantém um comportamento endêmico. No entanto, 91% desses casos foram registrados em países do continente africano. (5)

A malária é endêmica em 108 países ao redor do mundo, onde 3 bilhões de pessoas, ou seja, cerca de metade da população mundial, vivem permanentemente expostas ao risco de serem infectadas. Paradoxalmente, e devido ao crescimento populacional desigual entre países ricos e pobres, hoje há muito mais pessoas em risco do que há algumas décadas, quando a doença era endêmica em muito mais países.(6,7,8)

Embora a malária afete metade dos países do mundo, até dois terços dos casos são encontrados em apenas 7 países: República Democrática do Congo, Etiópia, Quênia, Nigéria, Sudão, Tanzânia e Uganda.(3)

A carga da doença é, portanto, particularmente intolerável no continente africano, onde até 85% dos cerca de 243 milhões de casos anuais que ocorrem no mundo e, mais importante, até 89% das 863.000 mortes anuais causadas por esta doença.(9)

Globalmente, a malária causa 8% das mortes em crianças menores de 5 anos, mas a proporção aumenta para 20% quando se considera apenas o continente africano. Que cada 45 segundos uma criança morra de malária na África continua sendo um fato inaceitável e um sinal da magnitude da tragédia que esta doença traz,  malária é também uma importante causa de pobreza, que agrava a situação socioeconómica dos indivíduos que dela sofrem e penaliza o desenvolvimento económico dos países em que é endémica.(10)

O paludismo ou malária em Angola ainda é a primeira causa de morte, de doença e de absentismo laboral e escolar. Esta representa cerca de 35% da demanda de cuidados curativos, 20% de internamentos hospitalares, 40% das mortes perinatais e 25% de mortalidade materna (Programa Nacional do Controlo da Malária, 2010). A malária tem, não só um impacto negativo sobre a saúde das populações, como também sobre o desenvolvimento social destas tornando-as mais pobres. A malária é endémica nas 18 províncias do País, com a transmissão mais elevada registada nas províncias nortenhas (Cabinda, Uíge, Malange, Kuanza Norte, Lunda Norte e Lunda Sul). Nas províncias do sul (Namibe, Cunene, Huíla e Kuando Kubango) ocorrem surtos epidémicos. Nota-se um aumento de transmissão durante a estação das chuvas, com um pico entre os meses de Janeiro e Maio. (11)

            Huambo considera-se entre as provÍncias mesoendémicas onde a transmissão é moderada,  embora é importante o conhecimento do comportamento da enfermidade no territorio. Não contam-se os estudos actualizados a respeito dos pacientes atendidos com malária no serviço de pediatria, sobre as principais manifestações e complicacoes em que se apresenta.

Declarou-se como Problema científico: qual é o impacto do perfil clínico-epidemiológico dos pacientes pediátricos com Malária atendidos no Hospital Municipal da Caála, Província do Huambo – Angola, face ao desfecho da Doença?

  1. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral:

Descrever os aspectos clínicos dos pacientes pediátricos com Malária, atendidos no Hospital Municipal da Caála de Janeiro á Julho do 2021.

2.2 Objetivos específicos:

  1. Caracterizar os pacientes segundo idade e sexo.
  2. Identificar o Perfil Clínico e Epidemiológico dos Pacientes.
  3. Descrever os principais resultados laboratoriais dos pacientes investigados.
  4. Identificar o desfecho do estado dos pacientes.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A chegada da doença ao Novo Mundo ainda hoje é motivo de especulações, já que não se dispõe de informações confiáveis. É possível discutir hipóteses tais como viagens transpacíficas em tempos remotos, bem como viagens de colonizadores espanhóis e portugueses a partir do século XVI. Apesar da associação com a malária ser incerta, existem referências a febres sazonais e intermitentes em textos religiosos e médicos bastante antigos, entre os assírios, chineses e indianos, que relacionavam a doença à punição de deuses e presença de maus espíritos. Parece certo ter esta parasitose existida no Egito nos tempos pré- históricos, pois foram encontradas múmias com mais de três mil anos de idade e com esplenomegalia;também o papiro de Ebers, datado de 1750 a.C., menciona pacientes de esplenomegalia com febre(1,2).

No século IV a.C., Hipócrates já a caracterizava como uma moléstia grave, descrevendo as formas diárias, terçãs, quartãs, além de pentãs e até nonãs, associando-as às emanações e miasmas dos pântanos; ressaltou ainda a coloração escura das vísceras, que 22 séculos depois levaria seguindo o pigmento, a descobrir os plasmódios e a receber o premio Nobel em 1907(1,2).Até então, acreditava-se que a malária era transmitida pelo ar, como explica seu nome, que deriva da frase italiana mal ária ‘ar ruim’. O outro nome da doença, malária, vem do latim, palus, paludis ‘lagoa’, ‘lagoa’ ‘pântano’, pois acreditava-se que era o ar daqueles lugares que causava a doença e não os mosquitos que se proliferavam nas águas estagnadas. Palus também deu origem ao nome do porto de Palos de la Frontera, localizado nos pântanos de Huelva, de onde partiu Cristóvão Colombo em 1492.(1,2)

O diagnóstico da doença, historicamente baseado na presença de sintomas clínicos presuntivos e com pouca confirmação parasitológica, melhorou substancialmente com o surgimento de testes diagnósticos rápidos, baseados na detecção de antígenos parasitários. Estes testes, cuja disponibilidade está a aumentar massivamente nos centros de saúde africanos, substituirão sem dúvida, o diagnóstico microscópico e melhorarão a especificidade do diagnóstico clínico, evitando assim o uso impróprio e exagerado de medicamentos antipalúdicos em qualquer doente com febre, prática comum na África continente até agora.(12,13,14)

Por fim, a última geração de medicamentos antimaláricos, as combinações derivadas da artemisinina, recomendadas pela OMS para o tratamento de episódios de malária, já foram adotadas por todos os países endêmicos da África e estão sendo progressivamente implementadas, substituindo medicamentos como a cloroquina ou a sulfadoxina -pirimetamina cuja utilidade nos últimos anos foi dizimada pelo aparecimento de resistência pelo parasita.(15,16)

A diminuição da incidência de malária é uma realidade em muitos países endêmicos, como mostram as múltiplas publicações que descrevem essas diminuições. A história mostra que a malária é uma doença cíclica, com aumentos e diminuições periódicas ao longo dos séculos. Embora seja possível que a situação atual reflita um desses períodos, parece mais coerente atribuir a diminuição da incidência ao aumento da disponibilidade de ferramentas de controle em áreas endêmicas. O progresso no controle de doenças começou a ser visto à medida que o financiamento para atividades de controle foi garantido, já que a maioria dos países endêmicos tem orçamentos de saúde muito limitados. A resposta da comunidade internacional e das agências de financiamento tem estado à altura da tarefa e, nos últimos anos, aumentou substancialmente(11).

A diminuição significativa documentada nos últimos anos na incidência da malária em varios países onde a doênça é endémica e levou a comunidade científica a repensar seriamente a possibilidade de erradicar esta doênça do mundo. Em um contexto de boom financeiro, sem precedentes na história, e tendo melhorado os níveis de cobertura das diferentes ferramentas efetivas de controle da doença, o otimismo parece justificado. Nesse sentido, nos últimos anos tem sido documentada uma diminuição significativa da incidência da malária no mundo, e particularmente na África Subsaariana, onde o problema é mais frequente. No entanto, para que a eliminação seja possível e quando ainda houver mais de 250 milhões de episódios clínicos e 863.000 óbitos anuais devido a essa infecção, muitas mudanças na forma de abordar o combate à doença serão necessárias(17).

Para que a erradicação seja possível, em um prazo realista, teremos que testemunhar grandes mudanças nas estratégias de controle e esperar por novas ferramentas que sejam muito eficazes e de fácil implementação, nesse sentido, o surgimento de uma vacina antimalárica eficaz representaria um avanço formidável no combate à doença e sua posterior eliminação, sendo que atualmente, múltiplas vacinas candidatas estão em diferentes estágios de desenvolvimento, a maioria ainda na fase pré-clínica, entre os mais de 100 protótipos experimentais existentes, a vacina antimalárica que está em estágio mais avançado de desenvolvimento é denominada RTS, S/AS02A, desenvolvida e financiada conjuntamente pela GlaxoSmithKline e pela Malária Vaccine Initiative (MVI).(18)

  1. DESENHO METODOLÓGICO

4.1 Tipo de estudo

Esta investigação consistiu num estudo clínico-epidemiológico do tipo observacional, descritiva e transversal, realizado no serviço de pediatria do Hospital Municipal da Caála no periodo de Janeiro á Julho do ano 2021.

4.2 Universo e amostra

Universo correspondeu a um total de 1097 Crianças. E deste Universo foi composto a Amostra de 1068 crianças, com idade inferior a 15 anos, atendidos no serviço de pediatria com diagnóstico de Malária, e as restantes foram excluídas porque não reuniram os requisitos de inclusão.

4.3 Critérios de inclusão e exclusão

  1. Critérios de inclusão: Estar internando no serviço de Pediatria e dar positividade a Malária (com exame de P.P).
  2. Não ter outra patologia com sinais e sintomas idênticos da Malária.
  1. Critérios de exclusão: Crianças hospitalizadas sem diagnóstico confirmado de Malária.

4.4Operacionalização das variáveis

  1. Idade: (Variável quantitativa continua), mas aqui trabalhou-se como quantitativa discreta, contado em anos cumpridos. Os Intervalos para a faixas etárias foram usados de 3 anos e aberto ao final.
  2. Sexo: (Variável qualitativa nominal, dicotómica). De acordo com o sexo biológico. Masculino o Feminino.
  3. Sinais e sintomas: (Variável qualitativa nominal dicotómica). A existencia ou não de sintomas e sinais associados com maior frequência a Malária, tive-se em conta a febre, calafrio, palidez, astenia, anorexia, cefaleia, colúria, tosse, epigastralgia, esplenomegalia, hepatomegalia, náuseas, vômitos e diarreia e otros.
  4. Níveis de hemoglobina: (Variável qualitativa nominal politómica).Se considerou como: anemia severa (cifras de Hb menor de 5gr/dl), moderada (cifras de Hb  5gr/dl a 8gr/dl), ligera (cifras de Hb  8gr/dl a 11gr/dl) e hemoglobina normal (cifras de Hb  mayor de11gr/dl)
  5. Testes rápidos que detectan antígenos (TDR): (Variável qualitativa nominal dicotómica). Considerou-se; Teste rápido com resultado positivo ou negativo.
  6. Avaliação da parasitemia: (Variável qualitativa nominal dicotómica), quantidade de parasitas por campo em gota grossa:Considerou-se; baixa parasitemia 10 ou menos parasitas por campo em gota grossa e alta parasitemia quando ultrapassou 10 parasitas/campo.
  7. Complicações: (Variável qualitativa nominal politómica) Presença de algum agravo durante o internamento.Considerou-se a disfunção cerebral (agitação psicomotora, delírio, discurso incoerente, confusão, alteração do comportamento, estupor); C.I.V.D: (alterações da coagulação e hemorragia significante incluindo hemorragia nasal recorrente ou em locais de venopunctura, hematemese ou melena, e convulsões (mais de dois episódios nas 24 horas)

4.5 Técnicas e procedimentos:

  • De obtenção de informação científica

Se féz uma busca de artigos científicos atualizados em bases de dados eletrônicas cujos títulos contivessem as palavras com o termo malária; usando as bases LILACS, Scielo, Medline//Pubmed e Google Acadêmico.

Também aos pacientes internados com Malaria realizou-se uma análise do esfregaço sanguíneo, além do exame físico; foram determinados os valores de hemoglobina (Hb) aos que tiverom criterios segun as Directrizes e Normas de Conduta para o Diagnóstico e Tratamento da Malária em Angola 2017 e prévio consentimento (anexos 1 e 2); foram incluídos no estudo.

Os pacientes fuerom cadastrados por meio do preenchimento da ficha de vaziamento de dados constituído dos seguintes tópicos: idade, sexo, sinais e sintomas, valores de hemoglobina, grau de parasitemia e complicações. (anexo 3)

ü  Processamento e análise da informação

Os resultados foram agrupados, organizados e processados ​​em uma compilação, no pacote para análise estatística SPSS versão 21 XP. Os resultados se expressaram em tabelas de frequências absolutas e relativas (percentagens).

ü  Procedimentos éticos

Se cumpriram com os princípios éticos para obter a informação e o adequadouso de resultados. Esta pesquisa cumpriu com às normas regulamentadoras para pesquisa envolvendo seres humanos conforme as recomendações de ética em pesquisa da Declaração de Helsinque.

5. Resultados

Considerando a heterogeneidade das características de transmissão da malária no país, existem estratos populacionais com variados índices da população infectada.A malária em Angola ainda é a primeira causa de morte, de doença e de abscentismo laboral e escolar.

Tabela 1. Distribuição dos Pacientes com malária por faixa etária e sexo

Faixas etárias (anos) Sexo
Femenino Masculino
N. de Pacientes % N. de Pacientes %
Menor de 1ano 24 2,3 33 3,0
 De 1 á 3 anos 151 14,1 175 16,3
De 4 á 6 anos 127 11,9 155 14,6
De 7 á 9 anos 98 9,1 109 10,2
De 10 á 12 anos 66 6,1 80 7,5
De 13 anos em diante 21 2,0 29 2,8
Subtotal 487 45,6 581 54,4
Total Geral 1068 = 100%

         Fonte: Historia Clinica

A tabela n° 1, apresenta a incidência da malária nos 1068 pacientes diagnóstiados em função da idade e do sexo. E como podemos observar, o sexo masculino foi o mais afectado com uma predominância 581 casos totalizando 54,4% e o sexo feminino registou-se apenas 487 que representam 45,6% do total. De realçar ainda, que as idades mais afectadas em ambos os sexos são de 1 á 3 anos, sendo que para o sexo masculino nesta idade registou-se um total de 157 pacientes correspondendo a 16,3% e para o sexo feminino verificou-se um total de 151 que em termos de percentagem perfaz um total de 14,1%.

As idades menos afectadas verificou-se nos indivíduos acima de 13 anos de idade, com um total de 29 casos que equivale a 2,8% para os do sexo masculino e 21 que corresponde a 2,0% para o indivíduos do sexo feminino.

Tabela 2: Distribuição dos Pacientes segundo os principais sinais e sintomas

Sinais e sintomas N° de Pacientes %
Febre 1068 100
Calafrio 1060 99,2
Palidez 867 81,1
Astenia 966 90,4
Anorexia 859 80,4
Cefaléia 1026 96,0
Colúria 59 5,5
Tosse 755 70,6
Epigastralgia 546 51,1
Esplenomegalia 124 11,6
Hepatomegalia 137 12,8
Náuseas 672 62,9
Vômitos 561 52,5
Diarréia 269 25,1
Ictericia 101 9,4

Fonte: Historia Clinica

Tendo em conta a Tabela 2, da análise feita sobre os sinais e sintomas que os pacientes apresentavam, observou-se que a febre, o calafrio e a cefaléia foram os mais frequentes, com uma incidência da casuística de  100%, 99,7% e 96% respectivamente, como podemos observar na tabela e figura acima.

Os sinais e sintómas de colúria e icterícia foram os que menos verificou-se nos pacientes, registando-se apenas uma ocorrência de 5,5% e 9,4%, respectivamente.

Gráfico 1. Pacientes Segundo Resultados de Hemoglobina

Fonte: Dados primários.

O Gráfico 1, mostra os resultados de hemoglobina feita aos pacientes, com predominância da anemia ligeira, num total de 258 (o que representa 24,2%). A anemia moderada e a severa representaram valores de 211 (correspondendo 19,8%) e 105 (correspondendo 9,8%), respectivamente. Os restantes 494 correspondendo a 46,3% apresentam níveis normais.

Tabela 3. Pacientes segundo os resultados do teste rápido.

Parasitemia Nº de Pacientes %
Positivo 423 39,6
Negativo 645 60,4
Total 1068 100
     

 Fonte: Historia Clinica

A tabela n°3, mostram a positividade e a negatividade do teste rápido feito aos pacientes. Como podemos observar dos 1068 pacientes submetidos ao mesmo, obteve-se uma percentagem de positividade na ordem de 39,6% e a de negatividade na ordem de 60,4%, correspondendo em termos de pacientes á 423 e 645 respectivamente.

Tabela 4. Pacientes segundo os níveis da parasitemia

Parasitemia N de pacientes %
Baixa 527 49,3
Alta 541 50,7
Total 1068 100

Fonte: Historia Clinicas

Quanto ao nível de parasitemia medido aos pecientes, resultou em 527 pacientes que correspondem a 49,3% com níveis baixos e 541 correspondendo a 50,7% com níveis considerados altos, como podemos observar na tabela n°4.

Tabela 5. Pacientes segundo as complicações.

Tipo de Complicacão N. de pacientes %
Disfunção Hematologica 529 59,7
Disfunção Cerebral 203 22,9
Disfunção hepatica 154 17,4
Total 886 100

Fonte: Historia Clinica

Discussão dos Resultados

A Malária ainda é desafio para profissionais de saúde pública em todos os continentes devido a alta morbidade e mortalidade implicadas por esta doença em países onde é endêmica. Por isso, Investigações nesse sentido são necessárias para traçar estratégias para sua prevenção e tratamento.

Nesta casuística, predominou as crianças de 1 á 2 anos. Para Arpajón, et al. (2014) referem que em crianças abaixo dos 6 meses é comum a observância da infecção assintomática assim como uma reduzida densidade parasitária, estando este fenómeno associado à protecção pela imunoglobulina G (IgG), um anticorpo adquirido através da placenta e reforçado pelo consumo do leite materno, ao passo que entre os 6 meses e os 3 anos de idade, as crianças vão perdendo esta acção protectora tornando-as mais vulneráveis à doença e é nesta fase que ocorrem as maiores taxas de morbilidade e mortalidade.

Entretanto, com o crescimento e maturação do sistema imunológico, o organismo vai adquirindo mecanismos de imunidade acentuando-se entre os 14-15 anos de idade até à fase adulta (19). Outros estudos mostram que os pacientes com maior risco são  as crianças entre 1 á 5 anos, e coincide com o relatados por outros autores(20,21). Segundo Brooker  em áreas com alta poluição, crianças pequenas correm principal risco, uma vez que a imunidade adquirida, embora parcial, ocorre na medida em que a população vai se tornando mais velha e mais expostas ao parasita.(22)

A Malária têm maior incidencia nas crianças menores de 3 anos,  provavelmente  devido a uma maior exposição deste grupo etário ao vetor, em consequência da falta de imunidade específica, ou mesmo que a malária seja transmitida no ambiente domiciliar (23, 24). Nesta vertente, os casos de malária ocorreram tanto no sexo masculino quanto no sexo feminino.Entretanto, Arpajón e Matombo, diferentemente dos autores de outras pesquisas, afirmam em seu trabalho que mais homens do que mulheres adoecem com malária.(23, 24)

Estudos sobre como fatores comportamentais que podem influenciar na incidência de malária são escassos. Entretando, Moore et al. (2018), demonstram em estudo realizado para doenças também causada por mosquitos, que pessoas que adotaram certas medidas protetivas pessoais, como evitar exposição aos mosquitos, utilizar vestimentas compridas e fazer uso de repelentes, reduziram as chances de infecção pela metade, as mulheres buscam mais métodos de proteção pessoal quando comparados a homens.(25)

Além do factor chuva, deve-se levar em consideração a mata do entorno, bem como o escasso planejamento do desenvolvimento urbano, que tem como consequência a existência de bairros insalubres com aumento dos depósitos destinados à captação de água sem medidas de proteção adequadas, aliado à baixa percepção de risco pela população, o que facilita a transmissão constante da doença.(26)

A malária, pela inespecificidade de seus sinais e sintomas, os quais são ainda mais incaracterísticos nas crianças de baixa idade, pode ser confundida com várias doenças infecciosas de curso febril.(27)

Estes resultados relatam uma maior freqüência de casos polissintomáticos.De modo similar, Grau et al.,  identificaram a febre como a queixa inicial mais importante da doença em 89% de crianças com malária , em Malauí (África). (28)

A curva febril na malária consiste de períodos alternados de febre quotidiana e terça (febre num determinado dia, apirexia nas 24 horas seguintes). Assim, o médico não deve esperar por um padrão febril característico para suspeitar de paludismo, em indivíduos procedentes de áreas endêmicas da doença. (29)

O quadro febril é o mais característico da malária e constitui um sinal que se explica pelo estímulo antigênico que faz com que o parasita entre no sistema imunológico, na fase merozoíta, na corrente sanguínea após hemólise dos eritrócitos, com conseqüente elevação das interleucinas 6 e 10, além do fator de necrose tumoral.(30)

Dados semelhantes ao descrito pela Organização Pan-Americana da Saúde, ano de 2016, onde descreve que, de forma didática, os sinais e sintomas apresentados por em pacientes pediátricos com malária: febre como sintoma cardinal cuja duração variou entre 7-21 dias antes de consultar, com faixa de temperatura entre 37,5°C e 40°C (97%), e calafrios (89%).(31) 

Uma vez que a manifestação da sintomatologia em crianças oriundas de zona malárica implica na solicitação obrigatória de exame laboratorial para confirmação da infecção.

Para estes casos é feita a confirmação parasitológica seguindo os passos: Esfregaço espesso/esfregaço de sangue: visualiza os parasitas (trofozoítos, esquizontes ou gâmetas) e identifica a espécie e o grau de parasitemia. Se o resultado for negativo e a suspeita clínica for mantida, deve ser repetido após 12-24 horas, melhor durante o pico da febre. Técnicas imunocromáticas (teste ICT, Optimal): são testes rápidos que detectam os antígenos de P. falciparum e P. vivax no sangue. São simples de realizar, não requerem microscópio e têm alta sensibilidade e especificidade quando a parasitemia é alta, mas podem dar falsos negativos se for mínima.(32)

Observou-se em nosso estudo que a infecção por malária presento alta parasitemia e foi associada a uma baixa concentração de hemoglobina nas  crianças. Dados similares foram referidos por Cardoso et all., estudando a prevalência da anemia em Rondônia. Por outro lado, a anemia foi significativamente maior nos pacientes com malária.(33)

A densidade parasitária é um produto, entre outros fatores, como a dose infectante inicial, os dias de evolução da fase sanguínea e a imunidade adquirida.

A parasitemia permite estimar a intensidade da infecção que, por sua vez, está relacionada com a gravidade das manifestações clínicas. Por outro lado, em situações de transmissão acentuada e estável da malária, a aquisição de imunidade (premonição) produz proteção clínica dos sujeitos, que podem não apresentar complicações ou manifestações mesmo com densidades parasitárias moderadas a altas.(32)

Segundo White, també m está associada ao comprometimento da eritropoiese na medula óssea, que pode durar semanas após a infecção, resultando em baixas contagens de reticulócitos.(34)O mecanismo que produz anemia torna os indivíduos variáveis; Além da destruição direta das células sanguíneas parasitadas, há diminuição da vida útil das células sanguíneas não parasitadas, secundária a alterações de membrana e hemólise mediada pelo complemento.(34)

Varios fatores podem contribuir ao ocurrencia das complicações: desregulação do sistema imune induzida pelo plasmódio, nível sócio econômico baixo, faixa etária (lactentes), estado nutricional e ausência de imunidade prévia à doença.(35)

A maioria das crianças em nosso estudo apresentaram a forma complicada da doença, que é a disfunção hematológica entretanto, a prevalência foi relativamente alta.

Os critérios de gravidade da malária mostram que a disfunção hematológica tem o maior percentual, e apenas um percentual muito baixo na malária cerebral, enquanto Motombo (7) menciona 48,23% de convulsões neurológicas e 46,90% de anemia grave em seu trabalho com pacientes congoleses, enquanto Favier Torres(18) descreve 62,5% de anemia e 52,1% de malária cerebral. Essas diferenças podem ser explicadas pelas diferentes características da entidade em cada região.(24, 36)

Também no estudo de Mansi et al., relata a anemia grave (57,8%) como a complicação mais comum da malária pediátrica e é devido à destruição dos glóbulos vermelhos que foram atacados por parasitas.(37)

CONCLUSÕES

A malária continua sendo uma doença atual em nosso meio, e fundamental diminuir a morbidade pela doença, além das orientações já estabelecidas em relação à importância do acesso rápido ao tratamento adequado na prevenção das formas graves da doença.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. Arpajón AC, Suárez DM, Peña AMH, Salcedo YS, Rodríguez YT. Comportamiento de paludismo grave en niños menores de 15 años en laRepública de Mali. Revi. Inf. Cient.. 2014; [acessado em: 10/12/2021] 85(3):430-8. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/5517/551757675004.pdf
  2. Arpajón AC, Suárez DM, Peña AMH, Salcedo YS, Rodríguez YT. Comportamiento de paludismo grave en niños menores de 15 anos en la República de Mali. Revi. Inf. Cient.. 2014 [acessado em: 10/12/2021];85(3):430-8. Disponível em:https://www.redalyc.org/pdf/5517/551757675004.pdf
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