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Contribuições em ciências nutricionais e do exercício

carboidratos funcionam como os principais combustíveis alimentares para a produção metabólica de ATP (9). Existem duas formas principais de carboidratos utilizados com essa finalidade: glicogênio hepático, glicogênio muscular e glicose sanguínea.

Esses alimentos são compostos por açúcar simples e amidos, que fornecem energia para todas as funções do organismo, inclusive para o ato de pensar e para o exercício (10).

Os alimentos que contem açúcares simples e complexos e os amidos são reduzidos à glicose durante o processo digestivo, ingressando na corrente sanguínea, na qual são transportados para as células do corpo (11).

Glicogênio hepático e glicose sangüínea: O sangue e o fígado contêm reservas de glicose que podem ser mobilizadas e transportadas até os músculos quando há necessidade de energia (12). A glicose sanguínea é mais conhecida como glicose do sangue. Em repouso a glicose é transportada até os músculos e o fígado, onde é armazenada na forma de glicogênio. Durante o exercício a glicose que estava circulando no sangue pode difundir-se até o interior das células musculares, passando a participar no processo metabólico sem que seja primeiramente convertida em glicogênio (13).

A glicose que entra no fígado é armazenada na forma de glicogênio, pois então o glicogênio hepático deve ser reconvertido em glicose antes que possa ser transportado até os músculos e utilizado na complementação de suas reservas de glicogênio (14).

O glicogênio hepático e a glicose sangüínea podem suplementar o glicogênio muscular durante os exercícios de resistência, embora não possa repor inteiramente essa última substância (2).

O processo de glicogênio hepático em glicose sanguínea e do transporte da glicose até os músculos é demasiadamente lento para o fornecimento de toda a energia para a reciclagem do ATP em velocidades maiores, ou moderadas. Assim tanto o glicogênio hepático como a glicose sanguínea podem servir como complementos, não substitutos, para o glicogênio muscular (15).

 Então, o papel desempenhado por essas substâncias é muito importante, pois permitem que os atletas façam mais trabalho antes que o glicogênio muscular tenha sofrido depleção. Outra função importante é de repor o glicogênio muscular durante o período de recuperação subseqüente ao exercício (16).

Glicogênio muscular: A glicose que ingressa nas células musculares é lá armazenada na forma de glicogênio. O glicogênio muscular consiste numa cadeia de moléculas de glicose.

Ao iniciar uma atividade física, o glicogênio acumulado nos músculos é reconvertido em glicose, que é, então, metabolizadas numa longa e complexa cadeia de eventos chamado glicólise. A energia para a reciclagem do ATP é liberada em vários pontos ao longo dessa cadeia (17).

A energia proveniente do glicogênio muscular pode tornar-se disponível mais rápido do que as outras formas de carboidratos, porque está armazenada nos músculos e não necessita ser transportado até eles. O glicogênio muscular é também a mais rápida fonte de ressíntese do ATP, depois da CP (18).

O consumo de carboidratos melhora a oxigenação sanguínea na altitude, através do aumento da tensão de oxigênio e da saturação de oxiemoglobina no sangue arterial (19).

As gorduras são encontradas no corpo principalmente como triglicerídeos, fosfolipídios e colesterol. Os triglicerídeos são armazenados nas células gordurosas existentes em todo o corpo e dentro dos músculos esqueléticos. Representam a forma de gordura utilizada como combustível alimentar na produção aeróbia de energia ATP durante o exercício. Um grama de gordura contém mais que o dobro da energia de igual quantidade de carboidrato (20).

Além disso, existe tecido adiposo suficiente para o fornecimento de energia por vários dias, mas sua liberação de energia é um processo lento, não podendo repor o ATP com rapidez suficiente para a prática de exercícios de velocidades rápidas e moderadas.

A gordura pode ser metabolizada apenas aerobiamente, e esse processo envolve o tempo adicional de transporte de seus locais de armazenamento – tecido adiposo – até os músculos, onde a gordura deverá entrar no ciclo de Krebs, antes que possa ser metabolizada para o fornecimento de energia, embora os vários ácidos graxos forneçam uma grande quantidade de energia, essa energia é liberada de forma lenta (21).

Existem dois locais de onde a gordura pode ser utilizada durante a atividade física.

1 – Tecido adiposo que está armazenado por baixo da pele, e;

2 – As moléculas de gordura que estão armazenadas nos músculos.

O tecido adiposo fornece cerca de metade dos ácidos graxos livres (AGL) utilizados durante o exercício, a outra metade é fornecida pela gordura armazenada nas células musculares. As fibras de contração lenta estão melhor aparelhadas para metabolizar as gorduras, devido à maior irrigação sangüínea e de poderem transportar com maior velocidade os AGLs. Além disso, elas possuem mais mitocôndrias, onde a gordura proveniente da circulação e presente nos músculos pode ser metabolizada (22).

Em exercício intenso, um menor fluxo de sangue para o tecido adiposo e um aumento na taxa de esterificação dos ácidos graxos diminui a concentração de ácidos graxos livres, levando a um menor consumo de lipídios como fonte de energia. Suplementação de TG tem sido utilizada para a reversão desse processo, mas a quantidade ideal e as formas de evitar desconfortos gastrintestinais ainda não são claramente descritas na literatura (23).

As proteínas desempenham uma ampla variedade de funções fisiológicas que são consideradas essenciais para a saúde e desempenho físico (24).

Apesar do papel da proteína no fornecimento de energia não ter sido considerado importante para a maioria das formas de atividade muscular, está tornando-se cada vez mais claro que o catabolismo